Angola fechou fronteiras a 20 de março, para conter a propagação da pandemia de covid-19, e só tem autorizado voos humanitários para levar de regresso aos seus países de origem cidadãos estrangeiros que tenham ficado retidos no país.
Para este mês estão anunciadas quatro ligações entre a capital angolana e Lisboa. A primeira, um voo ‘charter’ operado pela Euroatlantic, que está a ser promovido pela Travelgest, realiza-se já na terça-feira.
Dois dias depois é a vez da TAP, com um voo marcado para sair às 15:10 de Luanda em direção a Lisboa.
Segundo a transportadora portuguesa, os passageiros com regressos antes do dia 31 de maio poderão pedir a alteração dos seus bilhetes para este voo.
A TAP volta a fazer a ligação Luanda-Lisboa no dia 21 de maio, de acordo com informações da agência viagens Ask4.
De acordo com informações do operador turístico Across, será igualmente operado um voo charter da Hi Fly no dia 22 de maio nos trajetos Lisboa (13:30) – Luanda (20:35) e Luanda (23:30) – Lisboa (6:15 de 23 de maio).
No entanto, o percurso Lisboa-Luanda está ainda sujeito à aprovação do governo angolano para desembarque dos passageiros em Angola, devendo os interessados contactar as agências de viagens para obter mais esclarecimentos.
O último voo proveniente de Portugal chegou à capital angolana no dia 21 de março.
Angola, que regista 43 casos positivos de infeção com o novo coronavírus, iniciou hoje o terceiro período de prorrogação do estado de emergência, que se prolonga até ao dia 25 de maio.
O estado de emergência foi declarado pela primeira vez no dia 27 de março e impõe várias restrições à liberdade de circulação.
Fixa também uma cerca sanitária nacional, estando interditadas as entradas e saídas do território nacional, por qualquer meio, exceto para a entrada e saída de doentes, bens, serviços essenciais e ajuda humanitária.
No dia 25 de abril, o ministro angolano dos Transportes, Ricardo de Abreu, disse que Angola já tinha autorizado 205 voos humanitários desde o fecho de fronteiras, que permitiram o regresso a casa de cerca de 2.000 pessoas, adiantando que não há previsões para reabrir a aviação comercial.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 276 mil mortos e infetou mais de 3,9 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
O número de casos da covid-19 em África ultrapassou hoje os 60 mil e 2.223 pessoas morreram em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (641 casos e três mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (439 e quatro mortos), Cabo Verde (236 e duas mortes), São Tomé e Príncipe (212 casos e cinco mortos), Moçambique (87) e Angola (43 infetados e dois mortos).
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