De acordo com registo da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o alerta para um deslizamento de terras na União de Freguesias de Sintra ocorreu às 07:48 e, apesar da mobilização para o local de três viaturas e seis operacionais, confirmou-se tratar-se de uma ocorrência sem graves consequências.
“É uma casa até relativamente de boa condição, cujo muro ruiu para a via pública”, explicou à Lusa o vice-presidente da autarquia, Bruno Parreira (PS), acrescentando que “não há registo de feridos, só danos materiais no espaço público”.
O também responsável pelo Serviço Municipal de Proteção Civil admitiu que, na origem da queda do muro, possa estar “a questão dos terrenos pesados devido ao acumular das águas da chuva”, mas a autarquia confirmou que “o proprietário já tinha sido notificado para proceder à reparação do muro”.
O muro, no número 23 da Consiglieri Pedroso, pertence a uma propriedade onde funciona a unidade hoteleira Palácio de Sintra Boutique House, que a Lusa contactou, mas na altura não foi possível falar com um responsável.
A massa de terra e os restos do muro cortaram totalmente a estreita rua do centro histórico, junto ao Lawrence´s Hotel, considerado a unidade hoteleira mais antiga da Península Ibérica, e Bruno Parreira referiu que estão em curso operações de limpeza da via, “que vai ficar interdita ao trânsito numa primeira fase e apenas para acesso pedonal”.
“O terreno está a uma altura significativa, relativamente à estrada, e estamos a trabalhar no sentido de não haver risco”, salientou o autarca, apontando a necessidade, após a fase de limpeza e remoção, de estabilização do talude.
“Vai ser aplicada alguma forma de contenção mecânica, mas primária, básica e provisória, e depois, numa segunda fase, será feita a intervenção completa por parte do proprietário, que tem a obrigação de promover ali a reparação do muro”, frisou.
Para Bruno Parreira, “o mais importante é o proprietário fazer as obras de reconstrução do muro, com consolidação das terras”.
Quanto à reabertura daquele troço de estrada de acesso ao centro histórico, o responsável municipal da Proteção Civil reiterou que, “ao trânsito automóvel, seguramente que não” para já e, “do ponto de vista pedonal, provavelmente só amanhã [terça-feira] ou depois”.
Os danos materiais, além do próprio muro, incidiram principalmente no espaço público e mobiliário urbano.
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