“Nós queremos sair da cepa torta”, afirmou Assunção Cristas no encerramento de dois dias das jornadas parlamentares do partido, em Braga, dedicadas à Europa e à segurança, a pouco meses das eleições europeias, em maio, e das legislativas, em outubro.
A receita que sugere, a do CDS, nunca foi testada em Portugal, dado que o partido, quando foi poder, nunca governou sozinho, tendo governado em coligação com o PSD entre 2011 e 2015, durante o tempo de vigência da ‘troika’.
Cristas não quer nem a “receita socialista”, porque “não serve o país”, nem a que nasceu do “legado das esquerdas”, após o Governo de José Sócrates, também do PS, “e que, infelizmente, foi aplicada durante os anos da troika”.
Essa “também não é a que serve ao país”, afirmou a ex-ministra da Agricultura do executivo PSD/CDS-PP.
Embora de forma genérica, a presidente dos democratas cristãos falou na prioridade ao “crescimento económico”, a fiscalidade como “ferramenta de impulsionar” esse crescimento “para que todos possam viver bem melhor”.
Mais uma vez, insistiu nas críticas ao Governo do PS e das “esquerdas unidas” e no fim da “asfixia fiscal”, que leva os portugueses “a trabalhar seis meses para os impostos”.
Durante os próximos seis meses, até ao fim da legislatura, Cristas prometeu continuar a fazer um escrutínio atento ao Governo e insistir no chamado “pacote da justiça”, anunciado há um ano pelo CDS, e que aguarda há cerca de nove meses pela votação no parlamento.
E está disponível para “revisitar o Código Penal”, por causa das penas para vários crimes, como a violência doméstica ou crimes de ordem sexual, o que remete para a discussão feita, durante a manhã das jornadas, sobre a segurança.
Assunção Cristas afirmou que convoca “todos para o debate que já deveria ter sido feito há um ano”, face ao atraso dos restantes partidos em apresentar as suas propostas.
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