“Ainda é cedo para detalharmos o conceito que queremos desenvolver, mas podemos adiantar que a função residencial é a que consideramos mais adequada ao local”, adiantou à agência Lusa, Rui d´ Ávila, administrador da Real Douro, Promoção e Gestão Imobiliária, a sociedade anónima que venceu o concurso público que a Universidade do Porto lançou no verão para alienação do antigo colégio Almeida Garrett.
O antigo colégio Almeida Garrett está inserido num terreno no centro do Porto com uma área total de 8.520 metros quadrados, um espaço equivalente a oito campos de futebol, e foi vendido em hasta pública à Real Douro - Promoção e Gestão Imobiliária, com sede na zona industrial do Porto, por 6,1 milhões de euros, embora a escritura só vá ser realizada em janeiro do próximo ano.
Rui D’Ávila acrescentou que “só no início do próximo ano” é que a Real Douro se vai “concentrar” na escolha da função residencial mais adequada para o terreno e imóvel do antigo colégio Almeida Garrett.
A Universidade do Porto decidiu vender o antigo Colégio Almeida Garrett e garantiu quarta-feira, em comunicado enviado à Lusa, que a verba de 6,1 milhões de euros será “integralmente reinvestida na reabilitação de faculdades, residências estudantis, cantinas escolares e estruturas desportivas, com o propósito de garantir melhores condições de ensino, investigação e apoio social aos seus estudantes, docentes e investigadores”.
O Bloco de Esquerda havia exigido no dia anterior que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, a Universidade do Porto e Câmara do Porto esclarecessem que uso teria o ex-colégio Almeida Garrett.
O vereador do PS da Câmara do Porto, Manuel Pizarro, defendeu, por seu turno, que a autarquia deveria comprar o Almeida Garrett.
Já a vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, questionou se a autarquia foi contactada para exercer o direito de preferência na aquisição do ex-colégio.
A Câmara do Porto indicou hoje à Lusa que “não poderia, mesmo querendo”, exercer o direito de preferência na compra do antigo colégio Almeida Garrett, por não se tratar de edifício protegido ou sequer abrangido por uma Operação de Reabilitação Urbana.
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