Lina Wertmuller, nascida em Roma em 1928, de uma família aristocrata com raízes suíças, estudou teatro, dirigiu espetáculos de marionetas, escreveu para rádio e televisão, mas foi no cinema que se notabilizou.
Nos anos 1960 foi assistente do realizador Federico Fellini, que considerava um mentor, no filme “8 1/2”.
A agência France-Presse apelida-a de “rainha da comédia”, enquanto a agência noticiosa italiana Ansa sublinha o “toque surrealista e cómico” nas obras, e escolha de títulos longos, quase uma imagem de marca de Lina Wertmuller.
Assinou o primeiro filme em 1963 com “I basilischi”, e saboreou o sucesso com o filme “Mimi metallurgico ferito nell’onore”, em 1972, que competiu para a Palma de Ouro, em Cannes.
Na mesma década, em 1977, foi a primeira mulher a ser nomeada para o Óscar de melhor realização, com “Pasqualino Settebellezze”, filme que contou ainda com outras três nomeações para os prémios da academia norte-americana, incluindo o de melhor ator, para Giancarlo Giannini.
Na altura, Lina Wertmuller era uma das poucas mulheres a trabalharem em cinema, sem ser na representação, num tempo em que predominavam os homens atrás das câmaras.
Nos anos mais recentes, o seu cinema esteve mais atravessado por temas históricos e políticos, mas sempre com um humor corrosivo.
Em 2019, a academia norte-americana atribuiu-lhe um Óscar honorário pelo conjunto da carreira.
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