Os visitantes que se encontravam na entrada da livraria portuense foram obrigados a deslocarem-se da via pública, reservada a peões, para a zona de estacionamento adjacente, de forma a evitar o contacto com as descargas e a impedir a proximidade ao odor que resultava da abertura da conduta.

Questionada pela Lusa, a Câmara do Porto confirmou, em nota escrita, que o incidente levou a "pequenas escorrências na cave" da livraria Lello, um edifício de interesse público visitado diariamente por turistas devido quer à sua arquitetura quer às suas relações com os livros de Harry Potter.

A livraria portuense não fechou portas, "não se tendo registado danos materiais significativos", acrescentou o município.

"A empresa municipal Águas do Porto foi contactada por volta das 9:20 por um munícipe a dar conta de esgoto na via pública na Rua das Carmelitas", referiu a autarquia à agência Lusa.

Uma equipa da Águas do Porto chegou ao local às 9:50 e "procedeu à desobstrução do coletor de saneamento, sendo que uma hora depois, às 10:50, o piquete deu a intervenção como concluída", acrescentou.

O crescente fluxo turístico ao longo dos últimos anos na Livraria Lello obrigou a uma nova organização da visita ao edifício com a introdução, em 2015, de um ‘voucher' descontável em livros que deve ser comprado num edifício perto da Lello.

Os turistas que querem visitar a livraria têm, assim, que se deslocar na via pública entre a bilheteira e a entrada da livraria, circulação que esteve hoje dificultada devido ao rebentamento da conduta de esgoto.

A livraria portuense remonta ao ano de 1906 e é um dos pontos turísticos mais visitados na cidade do Porto.