A presidente da Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, Rosalia Vargas, disse à Lusa que até ao final de julho será "apresentado o projeto estruturado" ao Ministério da Ciência para "encontrar formas de financiamento".

A rede "Quintas Ciência Viva", a desenvolver em parceria com câmaras municipais, universidades e institutos politécnicos donos das propriedades, abrange 14 quintas do interior do país, região que, segundo Rosalia Vargas, "necessita de um olhar mais atento".

O projeto implicará, nalguns casos, a recuperação de edifícios e tornar visitáveis as quintas com exposições temáticas e módulos interativos, onde, realçou Rosalia Vargas, os visitantes, sobretudo as crianças, possam aprender de forma lúdica.

O 'desenho' da rede inclui as quintas do montado do sobro (Coruche), do sal (Figueira da Foz) e da fruta (região Oeste).

Idanha-a-Nova, concelho com "maior produção de sementes biológicas", foi o local escolhido para a quinta biológica, com a antiga Colónia Agrícola Martin Rei, no Sabugal, que tem uma "área cultivada de castanheiros", uma adega e um celeiro, a fazer também parte do projeto.

Uma outra "Quinta Ciência Viva", a do vinho, será criada numa propriedade vitivinícola da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

A Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica é um dos parceiros organizadores do encontro Ciência 2018, que termina hoje no Centro de Congressos de Lisboa, com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a encerrar a última sessão plenária, dedicada aos "novos horizontes para a ciência".

Durante o evento, que reúne anualmente investigadores, empresas e políticos em torno da discussão de temas e desafios científicos, a rede "Quintas Ciência Viva" serviu de mote para uma das sessões temáticas.