“Estamos muito empenhados na integração de refugiados”, disse Cláudia Pereira num fórum internacional, dando como exemplo a chegada a Portugal de 251 cidadãos afegãos depois da tomada do poder em Cabul, em agosto, pelos talibãs.
Ao discursar no Fórum de Diálogo Político Europeu sobre Refugiados e Migrações transmitido ‘online’ a governante indicou que alguns destes afegãos já começaram a trabalhar e que as crianças estão a frequentar a escola. “Estamos profundamente comprometidos com este esforço”, disse.
Ao elencar as políticas de integração portuguesas, Cláudia Pereira afirmou que Portugal precisa de imigrantes para equilibrar a situação demográfica do país, que apresentou como uma pequena nação de 10 milhões de habitantes, mas com raízes fortes raízes do judaísmo e islamismo, entre outras culturas.
Ao nível da integração, Cláudia Pereira sublinhou também a vacinação contra a covid-19, frisando que Portugal tem 85% da população vacinada, incluindo migrantes e refugiados, o que motivou uma ovação da plateia.
Este fórum, organizado pelo Centro de Diálogo Internacional e a Rede para Diálogo e o Conselho Europeu de Líderes Religiosos/ Religiões para a Paz na Europa, realiza-se anualmente e tem por objetivo juntar ativistas da sociedade civil, organizações, legisladores, líderes religiosos e académicos.
“Em todas as políticas do Governo português, procuramos integrar em todas as medidas também os migrantes e refugiados”, declarou a secretária de Estado, referindo como exemplos o acesso a habitação e ao emprego.
A informação dirigida a estas comunidades está traduzida em mais de 25 línguas, de acordo com a responsável. “Há ainda muito para fazer, mas muito também já foi feito”, destacou.
Cláudia Pereira recordou as premissas do programa do Governo para a redução de desigualdades, sublinhando que também incluem os migrantes.
“Os imigrantes têm contribuído fortemente para a nossa sociedade, social, cultural, linguística, demográfica e economicamente. De acordo com o Observatório das Migrações, em 2019 a contribuição dos imigrantes para o sistema de segurança social foi de 884 milhões de euros”, declarou.
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