A presidente do Governo desta comunidade autónoma, María Chivite, anunciou as restrições à circulação de pessoas numa conferência de imprensa extraordinária, na qual reconheceu que a situação de saúde é “preocupante” devido à covid-19, apesar de outras restrições já terem sido tomadas nas semanas anteriores.
“Trata-se de parar toda a atividade não essencial”, disse, anunciando, além do confinamento, o encerramento às 21:00 horas de bares, restaurantes e outros estabelecimentos desportivos e culturais, bem como a restrição de reuniões fora do agregado familiar.
A incidência acumulada por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias nesta região espanhola, que faz fronteira com a França, o País Basco, Aragão e Rioja, era hoje de 945 casos, a mais elevada do país que tem 312 de média.
Em Espanha, mais de 5,6 milhões de pessoas são já alvo de medidas idênticas, tomadas principalmente ao nível de municípios, como por exemplo as mais de 3,2 milhões na capital do país, Madrid.
Estas medidas, que afetam um total de 36 municípios, 16 dos quais em Madrid e nove em Castela e Leão, procuram evitar um regresso ao confinamento domiciliário, como aconteceu aquando da primeira vaga da pandemia de covid-19, e vão na mesma linha da Europa, onde as restrições são reforçadas e o recolher obrigatório foi mesmo adotado em cidades como Paris.
Espanha registou desde sexta-feira quase 38.000 novos casos de covid-19, o que faz subir o número total de infetados para 974.449, segundo números divulgados hoje pelo Ministério da Saúde espanhol.
O país tem ainda mais 217 mortos devido à doença notificados nos últimos três dias, aumentando o total de óbitos para 33.992.
Madrid continua a ser a comunidade autónoma com o maior número de infeções, tendo adicionado mais 4.598 casos aos números totais de sexta-feira, elevando o número total para 281.388.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 2.198 em Portugal.
Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (43.726 mortos, mais de 741 mil casos), seguindo-se Itália (36.616 mortos, mais de 423 mil casos) Espanha (33.889 mortos, mais de 974 mil casos), e França (33.392 mortos, mais de 867 mil casos).
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