“Até às 17h30 temos 377 ocorrências, relacionadas com meteorologia adversa, mais de 40 na cidade de Lisboa”, disse à Lusa Paulo Santos, oficial de operações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Segundo a mesma fonte, as zonas mais afetadas “foram o litoral norte e centro”, nomeadamente as regiões da Grande Lisboa e de Coimbra e a Área Metropolitana do Porto.
“Estamos a falar de quedas de árvores e quedas de estruturas. Foram aquelas que mais influenciaram estes números. Tem a ver com o vento forte que se tem feito sentir e com a precipitação. Embora não seja frequente, vai acumulando e as terras vão ficando mais saturadas”, explicou.
Dadas as condições atmosféricas previstas para as próximas horas, o comandante de serviço na ANEPC aconselhou “muita cautela” aos automobilistas.
“Nas viagens, utilizando os automóveis, tenham muito cuidado com o piso, que está extremamente escorregadio, e com os lençóis de água. Temos registo, ao longo do dia, de vários acidentes rodoviários motivados pela não adequação da condução às condições meteorológicas”, explicou.
A ANEPC emitiu na quarta-feira um aviso à população para o risco de cheias e inundações face à previsão de chuva nas 48 horas seguintes.
O aviso decorre das previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) de chuva, por vezes forte, em especial no Minho e Douro litoral, vento com rajadas até 85 quilómetros/hora, agitação marítima e a possibilidade de queda de neve nos pontos mais altos da serra da Estrela.
Poderão ocorrer inundações em zonas urbanas, cheias, deslizamentos de terra e derrocadas, acidentes na orla costeira devido à agitação marítima e lençóis de água ou acumulação de gelo nas estradas.
Face às previsões, a Proteção Civil recomenda a adoção de comportamentos adequados e das principais medidas preventivas, “em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis”.
Em concreto, é recomendada a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais, a adequada fixação de estruturas soltas, bem como “especial cuidado” na circulação junto a áreas arborizadas e junto da orla costeira, e a adoção de uma condução defensiva.
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