Em comunicado, a Comissão de Inspeção e Disciplina do PCC informou que Lu Wei é suspeito de “graves violações da disciplina”, utilizando a terminologia que descreve habitualmente os casos de corrupção. Até ao anúncio de hoje, Lu era vice-diretor do departamento de propaganda do PCC.

Lu Wei é conhecido como um político conservador, responsável por liderar os esforços do governo no reforço do controlo do ciberespaço chinês e defensor da posição do PCC de que os governos têm o direito de filtrar e censurar a Internet do país.

A Administração do Ciberespaço da China está encarregada de censurar o conteúdo disponível para os 700 milhões de internautas chineses e exercia vigilância sobre as empresas do ramo tecnológico.

Lu é o mais alto quadro a ser colocado sobre investigação, desde o XIX Congresso do PCC, que se realizou no mês passado, e durante o qual foi atribuído ao Presidente chinês, Xi Jinping, um novo mandato de cinco anos como secretário-geral da organização.

Foi substituído como chefe daquela administração em junho passado, pelo então vice-diretor, Xu Lin, mas manteve a posição de vice-diretor da propaganda.

Escolhido para dirigir o regulador em 2014, Lu reuniu com responsáveis de algumas das maiores empresas do mundo no ramo tecnológico, incluindo os chefes executivos das gigantes norte-americanas Apple, Microsoft e Facebook.

Lu Wei começou a carreira como jornalista da agência noticiosa oficial Xinhua na cidade de Guilin, província de Guangxi, no sul do país, no início dos anos 1990. Entre 2004 e 2011, foi vice-diretor da Xinhua e, entre 2011 e 2013, vice-prefeito de Pequim.

Mais de 440 dirigentes, alguns dos quais ministros, foram já atingidos pela campanha anticorrupção em curso na China, desde que Xi Jinping assumiu a chefia do PCC, em novembro de 2012.

A China controla o seu ciberespaço, através da “Grande Firewall da China”, que censura ‘sites’ como o Facebook, Youtube e Google e bloqueia seletivamente páginas com termos “sensíveis”.

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