O monarca britânico encontrou-se com líderes religiosos cristãos, hindus, muçulmanos e africanos numa catedral anglicana, já depois de ter visitado a mesquita Mandhry, a mais antiga da África Oriental, durante uma manhã marcada pela chuva torrencial que obrigou a que o casal real tirasse a tradicional fotografia dentro do tuk-tuk elétrico que os transportou por esta cidade no sul do Quénia.
O Quénia celebra o seu 60.º aniversário da independência em dezembro, depois de décadas de controlo britânico, pelo qual muitos quenianos defendem que o Rei devia pedir desculpa devido aos abusos cometidos nesse período colonial.
Carlos III não pediu desculpa explicitamente pelas ações dos soldados às ordens dos seus antecessores, mas expressou, de acordo com a agência norte-americana de notícias AP, “profunda pena e o mais sentido arrependimento” pela violência da era colonial, durante a qual admitiu terem havido “atos horrendos e injustificáveis de violência” contra os quenianos que defendiam a independência.
Os manifestantes que exigiam um pedido de desculpas do Rei pelos abusos coloniais e indemnizações às vítimas foram barrados pela polícia logo no primeiro dos quatro dias de visita, e uma conferência de imprensa das vítimas foi cancelada pela polícia.
Esta foi a primeira visita de Carlos III, de 74 anos, como rei a um país da Commonwealth desde que sucedeu à sua mãe, Isabel II, que morreu em 08 de setembro de 2022, com 96 anos, e foi a monarca britânica mais antiga.
Carlos, no entanto, já efetuou três visitas oficiais ao país africano, em 1971, 1978 e 1987.
O Quénia também tem um significado especial para a família real britânica, já que Isabel II viajava para lá quando se deu a morte, em 1952, do seu pai, Jorge VI, marcando o início do seu reinado.
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