Theresa May, que hoje iniciou uma visita oficial de três dias ao continente africano, disse aos jornalistas que o Governo britânico utilizará o orçamento de ajuda internacional para apoiar o empresariado britânico a aprofundar trocas comerciais e investimento em África, após a saída da União Europeia.
Neste sentido, a governante disse que o Reino Unido espera superar o investimento dos Estados Unidos no continente africano.
“Posso anunciar hoje uma nova ambição. Em 2022, quero que o Reino Unido seja o principal investidor do G7 em África”, anunciou Theresa May.
“Com as empresas do setor privado da Grã-Bretanha a assumir a liderança no investimento de biliões, iremos ver as economias africanas crescer em triliões”, afirmou a primeira-ministra britânica.
Theresa May disse que a Grã-Bretanha pós-Brexit “dispõe dos mecanismos” necessários para concretizar esta aposta, sublinhando a importância da localização da capital londrina na atração de investimento estrangeiro.
“A cidade de Londres faz com que o Reino Unido seja o destino global sem paralelo para o investimento internacional, com mais de oito triliões de libras (8,7 biliões de euros) em fundos financeiros sob gestão”, declarou.
O G7 é um grupo informal de grandes potências (França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Japão, Canadá e Estados Unidos e o presidente da Comissão Europeia), criado em 1975 para debater temas económicos, aos quais se juntaram mais tarde outros assuntos como a paz, o ambiente e o terrorismo.
A Rússia, que se juntou ao grupo após o colapso da União Soviética, foi afastada depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014 e o G8 tornou-se novamente o G7.
“Somos um centro de inovação tecnológica e científica, e de excelência mundial nos setores da diplomacia, defesa e desenvolvimento”, adiantou Theresa May.
“Somos um parceiro de confiança e confiável. O nosso sistema judicial é inigualável, dispõe das leis anticorrupção mais cerradas no mundo e o nosso empenho no comércio justo com base em regras internacionais é garante de que os nossos parceiros internacionais receberão tratamento justo”, sublinhou.
A governante britânica, na primeira visita oficial à África do Sul, Nigéria e Quénia como parte da sua estratégia pós-Brexit, é acompanhada por uma delegação de homens de negócios britânicos.
A primeira-ministro disse que a perspetiva do Governo britânico em reforçar relações comerciais com países fora da União Europeia representa um dos pontos fortes do Brexit na altura e que o país se prepara para abandonar o bloco regional europeu em Março de 2019.
De acordo com a presidência sul-africana, o Reino Unido foi o sexto maior parceiro comercial da África do Sul em 2017, com um total de 79,5 biliões de rands (4.700 milhões de euros), sendo igualmente a principal fonte de turismo de longo curso para a África do Sul, com cerca de 448 mil visitantes no mesmo ano.
Comentários