No domingo tinham sido registadas 67 mortes, o terceiro dia consecutivo acima de 100, e 16.982 novos casos, mas os números do fim de semana são frequentemente mais baixos devido a uma demora no processamento dos dados.
O total acumulado desde o início da pandemia de covid-19 no Reino Unido é agora de 741.212 casos de infeção confirmados e de 43.726 óbitos registados num período de 28 dias após as vítimas terem recebido um teste positivo.
Segundo os dados oficiais, nos últimos sete dias foi observado um aumento de 68% de pessoas mortas com covid-19, de 21% de infetados e de 38% de pacientes hospitalizados.
Numa declaração hoje no parlamento, o ministro da Saúde, Matt Hancock, disse que ainda não chegou a acordo com os autarcas da área metropolitana de Manchester, liderados pelo presidente da Câmara Municipal, Andy Burnham, sobre a entrada para o nível máximo de restrições destinadas a conter o número elevado de infeções com a covid-19.
Com cerca de 2,8 milhões de habitantes, Manchester é a terceira maior cidade britânica, a seguir a Londres e Birmingham, e tem atualmente uma taxa que ronda os 430 casos por 100.000 habitantes.
Na sexta-feira, o primeiro-ministro, Boris Johnson, disse que estava disponível para intervir, dando a entender que as restrições poderão ser impostas sem a aprovação dos líderes locais, muitos dos quais do Partido Trabalhista, a principal força da oposição, mas com o apoio de deputados do Partido Conservador de Boris Johnson.
Hancock adiantou também que vão ser iniciadas negociações com autarcas outros regiões do norte e centro de Inglaterra para se juntarem a área de Liverpool, onde bares, ginásios e espaços de lazer após ter sido elevada para o nível máximo de alerta.
A maior parte da Inglaterra ainda se encontra no nível “médio”, o mais baixo de uma escala de três, que permite o convívio social em espaços fechados ou ao ar livre, mas em grupos de até seis pessoas e obriga ao encerramento de bares e restaurantes às 22:00 horas.
O nível “muito elevado”, o mais alto, proíbe o convívio entre agregados familiares em espaços fechados, para além das medidas em vigor no resto do país, mas escolas e universidades continuam abertas.
Obriga também ao encerramento de ‘pubs’ e bares que não sirvam refeições e recomenda às pessoas para não entrarem ou saírem das áreas com maiores restrições.
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