Na segunda-feira tinham sido notificados 41.385 novos casos confirmados, o recorde anterior desde o início da pandemia a primeira vez em que o número subiu acima de 40.000, e 357 mortes.

A conselheira médica chefe da direção geral de Saúde de Inglaterra (Public Health England) disse, num comunicado, que estes números elevados incluem algumas das infeções registadas durante o período festivo do Natal, quando aumentou o contacto social em reuniões familiares.

“Continuamos a assistir a níveis sem precedentes de infeção com covid-19 em todo o Reino Unido, o que é de extrema preocupação tendo em conta que os nossos hospitais estão muito vulneráveis”, afirmou Susan Hopkins.

O número de infetados com covid-19 hospitalizados em Inglaterra ultrapassou esta semana o registado no pico da primeira vaga da pandemia, em abril, atingindo na segunda-feira as 20.426 pessoas.

Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte não atualizam os dados há uma semana.

O recorde de hospitalizados com covid-19 tinha sido registado em 12 de abril, quando 18.974 pessoas se encontravam nos serviços de saúde devido ao novo coronavírus.

Segundo as autoridades britânicas, a razão para este novo recorde de doentes é a nova estirpe do coronavírus, identificada inicialmente no sudeste da Inglaterra, mas que se tem espalhado pelo país, apesar de quase metade da população estar sob fortes restrições de movimento.

No total, 2.382.865 de pessoas foram diagnosticadas com o coronavírus no Reino Unido, das quais mais de 71.567 morreram.

Para ultrapassar a nova crise, o Governo britânico conta com as vacinas contra a covid-19, sendo que a Autoridade Reguladora de Medicamentos (MHRA) deve manifestar-se, nos próximos dias, sobre a vacina desenvolvida pelo laboratório britânico AstraZeneca e pela Universidade de Oxford.

A vacina da Pfizer/BioNTech já foi administrada a mais de 600.000 pessoas desde 08 de dezembro, incluindo uma segunda dose hoje à nonagenária Margaret Keenan, a primeira a ser vacinada no país.

Os esforços de vacinação terão, no entanto, de ser duplicados, para dois milhões de injeções por semana, para evitar uma terceira vaga do vírus, de acordo com estimativas da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres divulgadas hoje pelo jornal diário The Telegraph.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.775.272 mortos resultantes de mais de 81,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 6.751 pessoas dos 400.002 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.