“Estou aqui para dizer que não será fácil, que será demorado (..), mas pouco a pouco tudo será reconstruído”, disse o chefe do Governo de Itália, frente aos habitantes da pequena aldeia, uma das mais atingidas pelo sismo de magnitude 6,5 na escala de Richter que assolou na manhã de domingo a região.

Várias aldeias ficaram quase totalmente destruídas pela força do tremor de terra, o mais violento em Itália desde 1980. É o caso de San Pellegrino ou de Castelluccio di Norcia, um burgo medieval que se tornou numa aldeia fantasma onde apenas um punhado de pessoas escolheu ficar depois do abalo.

O primeiro-ministro italiano já havia garantido no domingo que cada casa, cada igreja, cada loja seria reabilitada nas regiões afetadas em pouco mais de dois meses por três sismos devastadores.

O primeiro, a 24 de agosto, fez quase 300 mortos. Na passada quarta-feira e domingo, dois outros abalos não provocaram vítimas, à exceção de alguns feridos ligeiros, mas deixaram um rasto de destruição.

Um cão foi resgatado com vida dos escombros na madrugada de segunda-feira para terça-feira em Norcia, uma localidade pitoresca que dista apenas seis quilómetros do epicentro do sismo de domingo.

Milhares de pessoas ficaram desalojadas e foram obrigadas a abandonar as suas casas destruídas ou sem condições de segurança depois dos três sismos.

Cerca de 22 mil pessoas foram alojadas pelas autoridades em hotéis ou aldeamentos turísticos na costa adriática, deserta de turistas nesta altura do ano.