Numa reunião do Conselho de Segurança da ONU convocada pela França, Reino Unido e Estados Unidos – a pedido de Israel – para abordar o relatório, a representante especial Pramila Patten rejeitou as alegações do Governo israelita, que acusou as Nações Unidas de tentarem ”silenciar” as suas conclusões.

“Devo ser clara e categórica: não houve nenhuma tentativa por parte do secretário-geral de silenciar o meu relatório ou suprimir as suas conclusões”, assegurou Patten, que é ativista dos direitos das mulheres.

“Pelo contrário, recebi o seu total apoio político, logístico e financeiro, e ele também deu instruções claras para a divulgação pública do meu relatório e a sua transmissão imediata ao Conselho de Segurança”, acrescentou a representante da ONU.

Na semana passada, Patten apresentou um relatório que indicava haver “motivos razoáveis para acreditar” que violações, “tortura sexualizada” e outros tratamentos cruéis e desumanos contra mulheres ocorreram em vários locais durante o ataque de 07 de outubro pelo Hamas em Israel.

O relatório foi elaborado na sequência de um convite feito pelo Governo israelita e que levou Patten e uma equipa técnica de nove especialistas da ONU a conduzirem uma missão a Israel para recolher, analisar e verificar informações sobre violência sexual durante os ataques do Hamas, organização considerada terrorista por Estados Unidos, Reino Unido e outros países.