“Juntos precisamos de tomar medidas urgentes para acabar com a epidemia mortal de Ébola que está a destruir vidas e meios de subsistência na República Democrática do Congo”, disse a diretora-executiva do Banco Mundial, Kristalina Georgieva, citado num comunicado da instituição.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou, na semana passada, o nível de alerta da epidemia para “emergência de saúde pública internacional”.
“Precisamos urgentemente de mais apoio e recursos da comunidade internacional para evitar que esta crise se agrave dentro do país e alastre além-fronteiras “, afirmou Georgieva.
Segundo o último boletim sanitário, divulgado na segunda-feira pelas autoridades do país, “o número acumulado de casos é de 2.592, dos quais 2.498 são confirmados e 94 são prováveis”. No total, foram registadas “1.743 mortes (1.649 confirmadas e 94 prováveis) e 729 pessoas curadas”, desde agosto de 2018.
O ministro congolês da Saúde, o médico Oly Ilunga, demitiu-se na segunda-feira, em desacordo com a decisão do Presidente, Felix Tshisekedi, chamar a si o controlo da resposta ao Ébola.
Os 300 milhões de dólares de ajuda do Banco Mundial anunciados hoje juntam-se aos 100 milhões de dólares (89 milhões de euros) já desembolsados pela instituição através do seu fundo de emergência em caso de pandemia.
O atual surto de Ébola na RDCongo, que começou em agosto de 2018, é o segundo mais grave da história da doença desde que esta atingiu a África Ocidental entre o final de 2013 e 2016.
O Ébola transmite-se entre humanos através de contacto direto (fluidos corporais como sangue, vómito ou fezes)
Ao contrário da gripe, este vírus não pode ser transmitido por via aérea, sendo por isso menos contagioso. Por outro lado, tem uma taxa de mortalidade elevada, matando em média cerca de metade das pessoas infetadas, de acordo com a OMS.
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