O eurodeputado do CDS Nuno Melo foi o convidado desta semana da entrevista TSF/DN.
O Parlamento Europeu rejeitou na quinta-feira, por apenas dois votos, uma resolução, sem valor vinculativo, que instava os Estados-membros da União Europeia a reforçarem as suas operações de busca e salvamento no Mediterrâneo para evitar a perda de mais vidas humanas e a encontrarem uma solução estável para a distribuição dos requerentes de asilo socorridos no mar.
Sobre a acusação de votar contra uma resolução que previa o salvamento de refugiados no Mediterrâneo, logo a primeira pergunta, Nuno Melo disse que considera "esse episódio" uma "miserável manipulação na base da mentira que uma certa esquerda conseguiu, através das redes sociais".
"Qual era o objetivo? O resgate de pessoas no Mediterrâneo. Quatro. Todos os eurodeputados portugueses votaram a favor e votaram contra as duas coisas - todos os eurodeputados portugueses votaram a favor do resgate, todos os eurodeputados portugueses votaram contra o resgate, dependendo da resolução que estava em causa".
Na mesma entrevista, ainda que assuma ter "perspetivas diferentes" de Assunção Cristas "do que deve ser o CDS", declara que não é candidato à liderança do partido. "Sou hoje o que o Dr. José Ribeiro e Castro foi quando quis ser presidente do partido e eu critiquei, ou seja, eu sou um eurodeputado", disse.
Nuno Melo, sem declarar apoios, disse ainda ver vantagens em que o presidente do partido fosse um dos atuais deputados. "O presidente do partido que tem de ser capaz de mostrar na Assembleia da República que é mais virtuoso, que tem melhor mensagem, que é mais capaz do que aqueles outros que ali estão e que pela primeira vez passam a beneficiar do fenómeno da comunicação".
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