De acordo com o comandante da Capitania do Porto de Cascais, Mário Domingues, as equipas da Polícia Marítima recomeçaram as buscas às 07:00, contando ainda durante o dia de hoje com um reforço de quatro fuzileiros a vigiar as praias.
Além das buscas terrestres, a Polícia Marítima tem uma lancha no mar, que faz patrulhamentos de manhã e a meio da tarde.
A operação decorrerá, como todos os dias desde que o jovem desapareceu, até ao pôr-do-sol, mas o comandante admitiu que “à medida que o tempo vai passando, a probabilidade de o encontrar vai diminuindo”, pelo que o esforço envolvido nas buscas vai sendo ajustado.
“As buscas ainda vão decorrer durante bastante tempo, mas ajustando o esforço”, afirmou.
O jovem, que está desaparecido desde as 17:00 de quarta-feira, terá entrado na água na companhia de outro, que conseguiu sair.
Na quarta-feira, o comandante da Capitania de Cascais atribuiu o acidente à “forte rebentação, com dois metros”, e ao facto de as “temperaturas elevadas incentivarem as pessoas a entrar na água numa altura do ano em que o mar ainda se encontra agitado”.
A praia costuma ter vigilância na época balnear, que no concelho de Mafra só começa a 15 de junho.
Trinta e seis pessoas morreram afogadas entre 01 de janeiro e 01 de maio deste ano, metade das quais no mar, segundo os dados divulgados pelo Observatório do Afogamento, da Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores.
O documento sublinha que nenhum dos locais onde as 36 pessoas morreram – 28 homens e oito mulheres – tinha vigilância.
A Polícia Marítima e militares da Marinha reforçaram na quinta-feira a presença nas praias, sobretudo em Lisboa, alertando para os riscos das condições do mar.
De acordo com o porta-voz da Autoridade Marítima, comandante Coelho Dias, este reforço de presença nas praias não será de forma permanente, será sobretudo ao fim de semana, por causa do aumento das temperaturas, numa altura em que a época balnear ainda não abriu a nível nacional, à exceção das praias no concelho de Cascais, onde abriu a 01 de maio.
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