O objetivo, segundo João Pires, é reunir todas as partes envolvidas no processo de construção de uma ala pediátrica, no sentido de evitar um litígio em tribunal entre a Associação o Joãozinho e o Ministério da Saúde.

O internamento oncológico e geral de pediatria do São João, no Porto, funciona em contentores provisórios desde 2011 e o parlamento aprovou em novembro, por unanimidade, a proposta de alteração do PS ao Orçamento do Estado para 2019, de forma a prever o ajuste direto para a construção da ala pediátrica.

“Percebemos que há que fazer alguma coisa construtiva e de uma maneira que ninguém fique mal na resolução deste problema”, afirmou aos jornalistas, referindo-se à passagem da titularidade da obra da Associação O Joãozinho para o hospital.

A 3 de janeiro, a administração do Hospital de São João, que, entretanto, renunciou às funções, indicou que a obra da ala pediátrica deve começar no início do segundo semestre, prevendo-se para abril a transferência provisória da pediatria oncológica para o edifício central.

“Há que tratar disto como deve ser porque há protocolos assinados e têm de ser assinados novos protocolos que desvinculem os anteriores”, declarou.

Na semana passada, a Associação O Joãozinho, que tem a titularidade da empreitada, adiantou à agência Lusa que vai interpor uma ação em tribunal, em fevereiro, para que o hospital liberte o espaço destinado para a ala pediátrica para prosseguir com as obras.

Hoje, Jorge Pires afirmou que se deslocou ao ministério para tentar mediar o conflito, no sentido de ser resolvido sem recuso à via judicial, e revelou que a ministra Marta Temido demonstrou abertura para resolver o problema e pôr o projeto “a andar o mais rapidamente possível”.

Na reunião pré-agendada para o dia 18, o objetivo é envolver todas as partes: o hospital, a Associação O Joãozinho e a Administração Regional de Saúde do Norte, "todos os possíveis interessados em resolver o problema e que tenham uma palavra a dizer sobre o assunto”.

“Esta reunião foi sugerida até pela senhora ministra e nós achamos que é boa”, indicou.

Há dez anos que o Hospital de São João tem um projeto para construir uma ala pediátrica, mas desde então o serviço tem sido prestado em contentores.

A ministra ficou de estudar com os arquitetos as possibilidades de desenvolver o processo para que a obra avance o mais rápido possível, segundo o interlocutor.

A 10 de janeiro, o Hospital de São João alertou a Associação Joãozinho para a “obrigação” da devolver o terreno da Ala Pediátrica até março, segundo o protocolo de 2017, cuja vigência já “esgotou”, de acordo com uma carta a que a Lusa teve acesso.

No início do mês, a Associação O Joãozinho propôs ao Centro Hospitalar de São João, no Porto, avançar com os trabalhos da ala pediátrica até a unidade hospitalar “estar em condições” de os assumir.

Numa carta enviada ao Conselho de Administração do Centro Hospitalar, o dirigente da associação, Pedro Arroja, sugeriu ao hospital “desimpedir” o espaço destinado para a ala pediátrica, retirando de lá o Serviço de Sangue, para avançar com a obra.

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