
O grupo de trabalho da Ordem dos Médicos com o Instituto Superior Técnico vai propor ao Governo esta quarta-feira, na reunião do Infarmed que junta especialistas e políticos, a antecipação da segunda dose da vacina contra a Covid-19 nas crianças dos cinco aos 11 anos das atuais 6-8 semanas para um intervalo de 3-4 semanas.
O objetivo, segundo explica o epidemiologista Filipe Froes ao JN, é que as crianças não tenham o "esquema vacinal completo em finais de março, início de abril, para uma ameaça que já não existe, a maior proteção interessa para o momento atual". Sobretudo numa altura em que "precisamos de normalizar o regresso às aulas", garantida que está a reabertura das escolas no próximo dia 10 de janeiro.
A braços com uma nova variante, mais transmissível - prevê-se um pico até 100 mil casos entre 20 e 24 de janeiro - o grupo propõe uma série de regras com foco na vacinação e na revisão das regras de testagem e isolamento que podem vir a ser aplicadas na próxima reunião do Conselho de Ministros.
Especialistas de saúde pública e políticos voltam a reunir-se hoje para avaliar a evolução da pandemia de covid-19, numa altura em que Portugal regista um aumento significativo de infeções devido à maior capacidade de transmissão da variante Ómicron.
Na reunião na sede do Infarmed, em Lisboa, apenas estarão presentes o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e o primeiro-ministro, António Costa, além da ministra da Saúde, Marta Temido, e dos especialistas.
Os restantes - representantes dos partidos, membros do Conselho de Estado ou parceiros sociais - vão participar na sessão por videoconferência.
Este encontro no Infarmed, na véspera do Conselho de Ministros, ocorre numa altura em que a incidência de infeções com o coronavírus SARS-CoV-2 subiu para 1.805,2 casos por 100 mil habitantes e o índice de transmissibilidade (Rt) também registou um aumento, passando para 1,43.
Comentários