"A Confragri [Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Portugal] apresentou uma série de questões ligadas ao setor agrícola, fez até uma certa apreciação crítica de que o PSD não tem estado, já de há uns anos para cá, devidamente envolvido nas questões agrícolas. Eu acho que eles têm razão e vamos ter naturalmente esse cuidado através do Conselho Estratégico Nacional, através da feitura das listas de deputados onde temos pouca gente afeta à agricultura", afirmou Rui Rio no final de uma reunião com a Confagri no Porto.
Segundo o dirigente social-democrata, foram ainda apresentadas "algumas propostas relativamente ao Orçamento do Estado" que o PSD vai agora analisar em sede do debate na especialidade.
O líder do maior partido da oposição deu como exemplo o setor das cooperativas que "em muitas situações" não é elegível para efeitos de fundos comunitários.
"Imagine que uma cooperativa quer comprar uma máquina porque cada produtor que está na cooperativa não tem dimensão para essa máquina. Portanto, a cooperativa compra e todos os demais utilizam, pois bem, um investimento deste género não é elegível no quadro dos regulamentos. Enquanto que se for um produtor isolado já o pode fazer", explicou.
Segundo o presidente do PSD, esta é "uma situação grave que prejudica particularmente o norte do país", onde estão as explorações agrícolas mais pequenas que, não tendo dimensão, se juntam em cooperativas para terem a escala que é preciso ter para escoarem os seus produtos, declarou.
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