No final da primeira reunião do grupo parlamentar do PSD na nova legislatura, Rui Rio foi questionado pelos jornalistas se se sentiu confortável ao olhar para a bancada com que se reuniu.

“Obviamente que não olhei para ali e não descortinei ninguém que tivesse uma vontade imensa de vir cá para fora e começar a dizer mal, isso realmente não vi, vi um quadro mais bonito”, afirmou.

Questionado se essa comparação era com a bancada da anterior legislatura, o líder do PSD disse não ser hipócrita.

“Sabem o que grande parte do grupo parlamentar fazia à direção nacional e ao seu líder na anterior legislatura”, afirmou.

Sobre a mensagem que trouxe aos deputados nesta primeira reunião, Rio disse ter retomado uma frase que já tinha usado no discurso em que assumiu que se recandidatará ao cargo de líder do PSD nas diretas de janeiro.

“O homem é ele e as suas circunstâncias, mas as circunstâncias que teremos no futuro somos nós próprios que montamos hoje”, disse, num aviso aos deputados que do seu comportamento dependerá o sucesso a sua vida parlamentar.

“Eles têm grande parte da decisão da sua vida parlamentar na mão: se trabalharem, se se dedicarem, se forem leais, naturalmente que estão a abrir portas para terem uma boa carreira parlamentar. Se assim não for, estão a criar circunstâncias às quais depois não podem fugir e não terão uma grande carreira parlamentar”, apontou.

Rio disse não querer ser “paternalista”, mas escolheu esta ocasião, em que muitos deputados se estreiam, para transmitir estes valores, defendendo que a lealdade não é apenas ao presidente do PSD.

“Leais ao presidente e ao colega do lado. Leais, que é isso que devemos ser na vida, na política e fora dela”, sublinhou.

Na reunião, que demorou perto de uma hora, apenas falaram Rui Rio o líder parlamentar cessante, Fernando Negrão, que o PSD irá indicar para vice-presidente da Assembleia da República, não tendo havido mais inscrições.