"Há um momento em que a subida de impostos tem de parar, e esse momento em que a subida dos impostos vai parar é o momento que o PSD ganhar as eleições e formar governo", disse Rui Rio na intervenção que fez na festa do Chão da Lagoa, nas serras da herdade da Fundação Social Democrata, na Madeira.
o líder social-democrata garantiu que "nesse dia há uma parte dos impostos que necessariamente têm de baixar segundo as margens que o orçamento permitir".
"Mas menos impostos com melhor serviço publico, com melhor organização no Serviço Nacional de Saúde, onde as pessoas tenham a possibilidade de ter a consulta de que precisam, de terem a operação de que precisam e de terem o médico de família de que precisam", acrescentou.
Depois de dizer que o Governo do PS, com o apoio parlamentar do PCP e do BE, não é experiência a repetir porque "agora promete o que não fez em quatro anos", Rui Rio indicou que o PSD tem dois objetivos "muito importantes" a concretizar, um que é ganhar as eleições regionais a 22 de setembro e outro que é vencer as legislativas de 06 de outubro.
"Um objetivo é manter, aqui, na Madeira, a boa governação que desde sempre a Madeira tem e que trouxe este patamar de desenvolvimento e, a seguir, é no dia 06 de outubro, com a ajuda dos votos dos madeirenses, que Portugal seja capaz de fazer um governo novo, um governo que desenvolva Portugal tal como a Madeira foi desenvolvida e um governo que tire da esfera do poder o PCP e o BE", declarou.
Rio alertou que "ninguém deve ficar em casa" porque se assim acontecer "isso pode significar ter o PCP e o BE na esfera do poder".
O presidente do PSD considerou necessário "alterar esse desígnio" de afastar a esquerda do poder para um Portugal "mais virado para o futuro e menos virado para os interesses partidários".
O líder social-democrata disse que caso o PSD ganhe as eleições, no dia de publicação do Orçamento de Estado para 2020, a questão do subsidio social de mobilidade entre a Madeira e o continente será resolvida.
Rui Rio enalteceu ainda a obra do ex-presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, e do atual presidente, Miguel Albuquerque, salientando que "em equipa que ganha não se mexe".
"É muito difícil os madeirenses aceitarem trocar o PSD por um PS, que ainda por cima não é um PS sozinho, é o PS com o PCP e o BE", concluiu.
A intervenção foi marcada por interrupções musicais do "Madeira é livre, olé, olé", tendo Rui Rio também soletrado a mesma.
Líder do PSD/Madeira diz que vai ganhar as eleições porque “ninguém é masoquista” na região
O líder do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, afirmou hoje que o PS vai perder as eleições no arquipélago porque "ninguém é masoquista", numa intervenção em que rejeitou a proposta socialista para criar um conselho de concertação das autonomias.
"É o que faltava. A autonomia da Madeira é dos madeirenses, a autonomia tem órgãos próprios, tem a Assembleia [Legislativa] e tem o governo", disse Miguel Albuquerque, na festa do PSD, no Chão da Lagoa, nas serras do Funchal, realçando que não aceita "enquadrar, armadilhar, e enclausurar" o regime autonómico.
A criação de um conselho de concertação das autonomias é uma das propostas do programa eleitoral do PS ao nível nacional.
"Rejeitamos a proposta de António Costa", disse, classificando-a de "proposta manhosa" e sublinhando que a autonomia vai continuar a ser dos madeirenses no "presente e no futuro".
O líder social-democrata madeirense assegurou, por outro lado, que o PS vai sofrer a segunda e terceira derrotas eleitorais na Madeira - regionais de 22 de setembro e nacionais de 06 de outubro - depois de ter já perdido as europeias na região.
"Ninguém é masoquista para votar nos serventuários do centralismo, ninguém é masoquista nesta terra para entregar o poder a um bando de incompetentes que hão de dar cabo do progresso da Região Autónoma da Madeira", sustentou.
O comício no Chão da Lagoa, onde decorre a maior festa ao nível nacional do PSD, contou com a presença do líder do partido, Rui Rio, e também do ex-presidente do governo da Madeira e do partido na região, Alberto João Jardim, que uma vez mais se recusou a subir ao palco, permanecendo entre os militantes e apoiantes na assistência.
"Vamos ganhar porque o nosso povo é um povo lúcido", disse Miguel Albuquerque, reforçando: "O nosso povo conhece a sua história, sabe que Madeira foi durante mais de 500 anos discriminada e explorada pelo poder colonial de Lisboa, sabe que nós, em duas gerações, o nosso partido, os sociais-democratas, transformaram uma das regiões mais atrasadas da Europa e de Portugal numa das mais desenvolvidas e prósperas".
Entre vivas à "Madeira livre" e declarações de "abaixo o colonialismo", Miguel Albuquerque atacou os "empregados" de António Costa no arquipélago, acusando-os de que "nem uma cidade sabem limpar", numa referência à Câmara Municipal do Funchal, liderada pela coligação Confiança (PS/BE/PDR/Nós, Cidadãos!).
"Querem assumir o poder na Madeira, para voltar a ser Lisboa, como no passado e durante séculos, a mandar na nossa terra, a violar sistematicamente os direitos e as liberdades dos madeirenses, a pôr os madeirenses novamente a ser mandados pelo Terreiro do Paço", disse.
O líder do PSD garantiu, no entanto, que "vão ser derrotados" e de "forma concludente", lembrando que o executivo regional, a que preside desde 2015 e ao qual se recandidatada para um segundo mandato, cumpriu "integralmente" os compromissos assumidos com a população.
Albuquerque vincou que o PSD, na Madeira, é uma força "única e imbatível", ao passo que no continente, segundo disse, Rui Rio tem pela frente uma "luta titânica" contra a esquerda que "quer manter o país enganado".
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