“Não foi debatido na comissão política nacional nenhum tema interno”, afirmou repetidas vezes, perante as perguntas dos jornalistas, numa conferência de imprensa na sede nacional do partido, em Lisboa.
Rui Rio foi questionado sobre as palavras do antigo líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, que criticou a antiga presidente do partido, Manuela Ferreira Leite, por esta ter dito que preferia um pior resultado eleitoral do que o partido ser rotulado como de direita, mas escusou-se a comentar.
Questionado se está preocupado com uma eventual pequenez do partido, o líder do PSD respondeu: “Pequenez não, se fosse pequenez estaria, mas o PSD não é pequeno”.
Rio rejeitou igualmente falar sobre a movimentação de vários dirigentes distritais do partido, noticiada pelo jornal Público, para avaliar a possibilidade de convocar um Conselho Nacional extraordinário para destituir a direção.
O presidente do PSD anunciou que, em 2018, entraram no partido 5.821 militantes e saíram 872, segundo dados recolhidos pela secretaria-geral, um terço dos quais jovens.
Questionado se estes números são um sinal de que a sua estratégia na liderança – prestes a completar um ano – está correta, Rio disse que apenas faz “uma ligação indireta” entre os dois temas.
“A minha estratégia não tem de mudar, é a minha convicção e da direção nacional”, referiu.
Luís Montenegro, que tem sido apontado como a alternativa que reuniria mais apoios da oposição interna a Rui Rio (e que no Congresso de fevereiro admitiu disputar no futuro a liderança), afirmou hoje na TSF que falará “muito em breve” sobre o partido.
“Muito em breve falarei sobre o estado do PSD, falarei mesmo sobre o futuro do PSD porque entendo que este estado de coisas tem de acabar e isto tem de mudar: o PSD assim não se vai conseguir afirmar”, disse, no programa “Almoços Grátis”.
Comentários