Questionado pelos jornalistas se Rio e Negrão "ficaram de vez articulados e coordenados", o líder do PSD respondeu: "Já disse muitas vezes que não vou falar de questões internas do partido, mas a essa pergunta vou dizer assim: sim. Está respondido".
Rui Rio falava aos jornalistas após ter recebido uma delegação de organizações representativas dos professores durante mais de duas horas, na sede do partido, em Lisboa.
Na quinta-feira, a bancada do PSD contribuiu para aprovar na generalidade, com o voto a favor, o projeto de lei do CDS-PP que elimina o adicional do Imposto Sobre os Combustíveis (ISP), iniciativa que teve votos contra de PS e abstenções de PCP, BE e PEV.
Essa decisão do grupo parlamentar do PSD de votar a favor do projeto do CDS-PP sobre combustíveis foi tomada "à revelia" de Rui Rio, uma atitude considerada "gravíssima", segundo disse à Lusa fonte da direção do partido na sexta-feira.
O secretário-geral do PSD anunciou depois que Rui Rio e o líder parlamentar iriam almoçar para articularem estratégias.
Hoje, Rui Rio foi ainda questionado sobre se a constituição como arguidos de Luís Montenegro e dos deputados Hugo Soares e Luís Campos Ferreira, poderá vir a dar origem à expulsão do partido por violação das regras internas dos sociais-democratas.
"Não vou comentar casos específicos, como é evidente, mas ninguém corre o risco de ser expulso por ser constituído arguido. Aquilo que está no regulamento disciplinar é com uma sentença transitada em julgado, portanto, estamos muito longe de uma coisa dessas", afirmou.
Perante a insistência na questão, Rio sublinhou: "Estamos nos primeiros passos e pode morrer já na esquina, não vou falar de nenhum caso em concreto".
Os ex-líderes parlamentares do PSD Luís Montenegro e Hugo Soares, e o deputado Campos Ferreira, informaram na segunda-feira terem recebido "com surpresa" a notícia de que serão arguidos no caso das viagens do Euro 2016, negando a prática de qualquer crime.
O jornal online Observador noticiou esta segunda-feira que os três vão ser constituídos arguidos, pelo alegado crime de recebimento indevido de vantagem no caso das viagens do Euro 2016, por parte do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.
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