
Num jantar comício em Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro, Rui Rocha abordou as críticas que os partidos de esquerda têm feito nos últimos dias à IL para salientar que os liberais foram atacados por todos.
“Nós somos o alvo preferencial dos partidos de esquerda nesta campanha: já fomos atacados pelo PCP, pelo BE, pelo Livre, por Pedro Nuno Santos e faltava um partido de esquerda… Também já chegou. Também já chegou o ataque do Chega e de André Ventura”, ironizou.
Para o líder da IL, com as recentes críticas do Chega – cujo presidente, André Ventura, antecipou esta quinta-feira que Rui Rocha não vai conseguir ser reeleito em Braga –, agora “todos os socialistas, os comunistas, os dirigistas, os estatistas e os despesistas” dirigiram ataques ao seu partido.
“Todos aqueles que não confiam nas pessoas e querem impor-lhes as suas visões, todos eles já nos atacaram. Já temos essa bandeira para erguer, cá estamos para a celebrar”, disse, com ironia.
Depois de, esta manhã, o secretário-geral do PS ter considerado que um Governo da IL com a AD poria em causa o Estado social, Rui Rocha considerou que Pedro Nuno Santos é o “caso paradigmático” das críticas da esquerda ao seu partido, avisando que sabe “o que o PS fez em legislaturas passadas”.
“E podem ter a certeza que aquilo que o PS e a esquerda fizeram em legislaturas passadas, nós cá estamos para lutar pela reversão das péssimas decisões”, disse, voltando a prometer que, com a IL, a TAP será “mesmo privatizada”.
Depois, Rui Rocha começou a dirigir-se diretamente a Pedro Nuno Santos para elencar várias promessas da IL para a próxima legislatura, começando pelo setor ferroviário, que considerou ter “chegado ao limite do que é possível” para “fazer sofrer os portugueses”, numa referência à recente greve na CP.
“Pedro Nuno, com a IL, o mercado ferroviário é mesmo para liberalizar, é mesmo para ter concorrência, é mesmo para ter mais serviço para os portugueses”, prometeu.
Outra das promessas feita a Pedro Nuno Santos foi que, com a IL, será mesmo possível os portugueses passarem a “poder escolher o prestador dos serviços de saúde”, para que “não fiquem em listas de espera anos” ou “à porta de urgências fechadas à espera de um tratamento”.
“Connosco, vai mesmo haver liberdade de escolha dos portugueses”, disse, antes de abordar o setor da habitação em que, garantiu, o IVA da construção vai “mesmo descer”, assim como os impostos sobre os rendimentos prediais ou a burocracia.
Após elencar estas promessas, Rui Rocha pediu à cerca de uma centena de membros do partido que o ouviam para perguntarem porque é que a IL se tornou no alvo da esquerda nesta campanha, “até mais do que a AD e o Governo que está em funções ainda neste momento”.
Logo de seguida, deu a resposta: “É que a esquerda sabe – e, na esquerda, incluo o Chega – que, com a AD, tudo continuará na mesma”.
“E sabem também que, com a IL, as coisas vão mesmo mudar. E sabem que vão mudar de tal maneira que o país vai para a frente, vai acelerar, e a esquerda passará muitos anos fora do poder se a IL começar a impor as suas políticas. É por isso que a AD não lhes faz muita diferença, porque é mais do mesmo, e a mudança está aqui nesta sala”, disse, perante aplausos.
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