Perante uma plateia de duas centenas de pessoas, na Fortaleza de Armação de Pera, Rui Rocha disse que “hoje é o dia de apresentar soluções para Portugal, não é apenas o dia de criticar o que está mal, de dizer que há muitas coisas de correm mal”.
“Isso é verdade, nós sabemos, mas hoje é o dia de apresentar soluções para Portugal e é isso que nós vamos fazer hoje”, introduziu, esclarecendo que os “10 compromisso para 10 anos para Portugal” são “compromissos de transformação” do país, “depois de 30 anos de governação do Bloco central”.
O primeiro compromisso apresentado foi o da “Água, da Agricultura e do setor primário”, com Rui Rocha a considerar que “Portugal tem escassez de agua em alguns sítios e abundância de água noutros” e “há uma medida que é preciso tomar com coragem”, que é “trazer água de onde ela é abundante para os sítios onde ela faz falta”.
O presidente da IL defendeu que é “preciso investir em retenção da água, na manutenção das barragens atuais, muitas delas debilitadas” e apontou o “Ambiente e a Energia” como o segundo compromisso para a década, embora remetendo mais detalhes para um “manifesto que está a ser preparado e vai ser apresentado aos portugueses nos próximos tempos”.
“É um tema muito importante e nós não vamos estar fora da discussão do Ambiente e Energia, pelo contrário, vamos estar dentro, com soluções de progresso, científicas, de investimento e de progresso, contra aquilo que é o desígnio da esquerda, que é parar Portugal”, acrescentou.
A Educação foi o terceiro ponto elencado por Rui Rocha, que disse não poder aceitar que esta área “continue em Portugal na mão de burocratas e de políticos de Lisboa, que decidem quando recrutam, quem recrutam, quais são os programas, quem é que faz, quem é que não faz”.
“Em Lisboa não sabem nada sobre esta matéria, a revolução tem de ser feita, tem de ser feita local, para termos uma educação diferente, porque o elevador tem de ser um elevador social, não pode ser um elevador socialista”, considerou.
Entre os desígnios apresentados para os próximos 10 anos está também o “reforço do Estado de Direito” e o presidente da IL anunciou que o partido vai “propor a alteração do sistema eleitoral”.
“Não vamos querer que, outra vez, nas próximas legislativas, 600.000 votos dos portugueses fiquem sem representação, isso não é representação política, nós não podemos aceitar isso”, afirmou.
A Habitação, onde “não é solução congelar rendas” ou “recorrer a mecanismos forçados de expropriação”, assim como “aniquilar o alojamento local” foi outra das áreas apontadas por Rui Rocha, que pediu mais construção para haver mais oferta e propôs “mexer no IVA da construção, acabar com o congelamento da rendas” e “uniformizar critérios de licenciamento”.
Os impostos pagos, quer por trabalhadores independentes quer por empresas, foram também mencionados pelo dirigente político: “desenganem-se os que pensam que é o Estado quem cria riqueza, quem cria riqueza são as pessoas, são as empresas, é ao lado delas que temos que estar”, prometeu.
A Saúde também não foi esquecida, com Rui Rocha a dar o exemplo do Algarve, onde há um “centro hospitalar com um polo em Faro, outro em Portimão, e as pessoas que estão em Albufeira têm de fazer dezenas de quilómetros para um lado, para o outro, e quando lá chegam, não sabem se têm médico, se têm urgências”.
O presidente da IL quer manter o acesso universal como ele existe hoje, mas com a “diferença” de que uma “pessoa de Albufeira, se tiver privado à sua porta, um social ou um público, escolhe onde vai e não tem de fazer dezenas de quilómetros”.
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