“Hoje o trânsito foi retomado na segunda ferrovia da ponte da Crimeia”, escreveu o vice-primeiro-ministro russo, Marat Jusnullin, na rede social Telegram.
O vice-primeiro-ministro destacou especialmente o papel dos trabalhadores na reconstrução da ponte Kerch, uma “importante infraestrutura” da Rússia.
Neste sentido, Jusnullin lembrou que os trabalhos foram executados com rapidez, o que permitiu a reabertura do trânsito, em fevereiro de 2023, antes da data prevista.
A ponte, com 19 quilómetros de extensão, foi parcialmente danificada pela explosão de um veículo em outubro de 2022.
O Presidente russo, Vladimir Putin, atribuiu a Kiev a responsabilidade pela explosão e acusou os serviços secretos ucranianos de cometerem um “ato terrorista”.
Dois dias depois, a Rússia lançou o primeiro ataque com mísseis aéreos contra as infraestruturas de energia ucranianas.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.709 civis mortos e 14.666 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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