O fundo soberano da Rússia, em conjunto com a União Química Farmacêutica Nacional e o estado brasileiro do Paraná, apresentou na quinta-feira a documentação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Brasil, órgão regulador do país sul-americano.

A vacina contra a covid-19 da Rússia, desenvolvida pelo Centro de Investigações Epidemiológica e Microbiologia Gamaleya, foi registada no país em 11 de agosto.

Com base em adenovírus humanos, encontra-se na terceira fase dos ensaios clínicos, nos quais participam mais de 40.000 voluntários da Rússia e de outros países.

A produção das primeiras doses da Sputnik V será lançada em breve no Brasil, como parte da transferência de tecnologia entre o FIDR e a União Química, informou o órgão russo.

“Os esforços de todas as organizações e de todas as pessoas envolvidas no desenvolvimento, testes e produção da vacina Sputnik V no Brasil visam garantir o mais rápido possível o acesso da população ao imunizante, com base nos princípios transparência, segurança e eficiência”, acrescentou fundo soberano russo.

Até ao momento, o executivo brasileiro prevê ter disponíveis cerca de 140 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 no primeiro semestre de 2021: 100 milhões de doses do imunizante produzido pelo laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, e 40 milhões via Covax Facility, iniciativa liderada pela Organização Mundial da Saúde.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de mortos (cerca de 5,5 milhões de casos e 158.969 óbitos), depois dos Estados Unidos da América.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 45,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.