“Os primeiros prédios vão estar prontos em setembro. Os primeiros hospitais vão ficar prontos”, disse Khousnoulline numa entrevista ao canal de televisão russo RBK TV transmitida hoje.

Na sexta-feira, o vice-primeiro-ministro russo apresentou ao chefe de Estado, Vladimir Putin, o plano de reconstrução da cidade de Mariupol, que deve prolongar-se durante três anos.

A cidade portuária no Mar de Azov, sul da Ucrânia, foi conquistada em maio pelas forças russas após várias semanas de um cerco que destruiu a maior parte de Mariupol.

Prédios de habitação, escolas, estabelecimentos comerciais, ruas e hospitais foram atingidos pelos bombardeamentos.

Grande parte dos 400 mil habitantes abandonou a cidade antes e durante os combates.

A população deve chegar a “350 mil habitantes até 2025”, estimou Khousnoulline, sem especificar se as autoridades russas pretendem aplicar uma política de transmigração e repovoamento.

O vice-primeiro-ministro russo indicou também que as forças de ocupação pretendem reconstruir o “polo tecnológico” da cidade, referindo-se ao complexo industrial Azovstal, onde se refugiaram os últimos defensores ucranianos de Mariupol.

“Não estamos a pensar na reconstrução através de tecnologias antigas. Vamos criar empregos que vão ‘alimentar’ a cidade através da economia”, declarou Khousnoulline.

Atualmente, os civis que se mantêm em Mariupol continuam a sofrer da escassez de meios de sobrevivência e o abastecimentos de água e de energia elétrica são deficientes.

Os ocupantes russos que voltaram a atacar a Ucrânia no passado mês de fevereiro, depois da invasão de 2014, tentam estabelecer normalidade nas zonas recentemente conquistadas no sul e no leste do país.

Na maior parte destas regiões, Moscovo instalou um poder administrativo que prepara localmente a realização de referendos com vista a iniciar um novo “processo de anexação”, tal como aconteceu anteriormente na Península da Crimeia.