A paralisação, com serviços mínimos para o concelho de Lisboa, tem início às 20:00 de hoje e irá prologar-se até às 00:00 do dia 05 de julho, segundo refere, em comunicado, o STML.
Esta ação de protesto dos sapadores bombeiros prevê, igualmente, uma greve à prestação de trabalho suplementar fora da área territorial do município de Lisboa, sem serviços mínimos, neste caso, entre hoje e o dia 15 de setembro.
Em declarações à agência Lusa, António Pascoal, do STML, lamentou o facto de o Governo não ter tido em conta as queixas dos sapadores bombeiros.
“Continuamos a ter um poder político que se recusa a ouvir-nos e a responder às nossas reivindicações. Assim, não nos resta outro caminho que não esta ação de luta”, justificou.
António Pascoal referiu que uma das principais queixas dos sapadores bombeiros diz respeito ao facto de a aposentação ser com mais seis anos do que o regime geral da função pública, lembrando que há regimes especiais, como o da GNR, PSP e militares, que “aos 55 anos permitem que fiquem na reserva e não em linha de socorro”.
“Termos trabalhadores com 60 anos a combater um incêndio é inconcebível. Não só está a pôr em risco a sua vida com as daqueles a quem está a socorrer”, argumentou.
Outro dos artigos do regulamento do estatuto contestado pelos sapadores diz respeito à “disponibilidade permanente”, que prevê que os bombeiros “nos dias de folga possam vir a trabalhar gratuitamente se a entidade patronal assim o quiser”.
“Não podemos aceitar uma disponibilidade permanente que pode sujeitar os trabalhadores a um trabalho de escravo”, apontou.
Contudo, o sindicalista manifestou-se esperançado de que o Governo reformule o diploma: “O nosso objetivo é chamar a atenção e alertar o Governo. A nossa abertura é total e não queremos pôr ninguém em risco. A vida humana está acima de tudo”, atestou.
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