Numa nota datada de domingo, dia 10 de junho, a DGS afirma que a declaração do fim do surto ocorre depois de se respeitarem dois períodos de incubação da doença sem novos casos confirmados, ou seja, 42 dias.
Dos 112 casos confirmados entre fevereiro e final de abril deste ano, 103 tiveram ligação ao surto do hospital de Santo António, no Porto, e todos se encontram curados.
Houve ainda nove casos com coincidência temporal com o surto do Santo António, mas que tiveram origem em dois casos importados e não ligados com aquele surto.
Apesar deste surto e de dois outros simultâneos registados em 2017, a DGS lembra que Portugal continua a “manter o estatuto de país com eliminação do sarampo”, conferido pela Organização Mundial de Saúde, dado o “controlo rápido dos casos”, que “indica que não se estabeleceu circulação do vírus” no país.
A existência de surtos na Europa leva a DGS a indicar aos profissionais e serviços de saúde para manterem um “elevado grau de suspeição clínica” para detetar precocemente casos, porque há a possibilidade de importação de novos casos da doença.
Mais de mil casos de sarampo foram registados por mês, em média, no último ano em 30 países europeus, num total superior a 13 mil casos.
Segundo um relatório do Centro Europeu de Controlo de Doenças publicado no fim da semana passada, em abril deste ano houve pelo menos 1.708 casos de sarampo na região europeia, com a Itália e a Alemanha a revelarem um aumento particular de casos.
França e Grécia continuam também a registar um elevado número de infeções por sarampo.
Entre maio de 2017 e abril deste ano, os 30 países avaliados no relatório registaram 13.475 casos de sarampo.
Itália, França, Grécia e Roménia são os países com maior número de casos, com taxas que vão dos 255 casos por milhão de habitantes aos 36,4 por milhão.
Em Portugal, no mesmo período, o rácio era de 12,5 casos por milhão de habitante, abaixo da média dos 26,1 por milhão de habitantes registados nos 30 países analisados pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC, na sigla inglesa).
O vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infecciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra.
A Direção-Geral da Saúde recomenda aos portugueses que verifiquem o seu boletim de vacinas e se vacinem caso seja necessário e para ligaram para 808 24 24 24 se estiveram em contacto com um caso suspeito de sarampo e se tiver dúvidas.
Segundo a DGS, em pessoas vacinadas a doença pode, eventualmente, surgir com um quadro clínico mais ligeiro e menos contagioso.
Quem já teve sarampo está imunizado e não voltará a ter a doença.
A vacina contra o sarampo faz parte do Programa Nacional de Vacinação, que deve ser administrada aos 12 meses e aos cinco anos.
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