De acordo com a procuradoria, o advogado de Sarkozy, Thierry Herzog, tentou obter informações do agora ex-magistrado Gilbert Azibert sobre um caso relacionado com o financiamento da sua campanha eleitoral, oferecendo em troca um cargo.

Sarkozy foi acusado juntamente com Herzog e Azibert num caso que remonta a 2014.

Nesta investigação, Sarkozy é suspeito de ter aceitado pagamentos ilegais da herdeira da L'Oreal, Liliane Bettencourt, para financiar a sua campanha eleitoral de 2007.

Embora Sarkozy tenha sido absolvido da acusação, em 2013, de ter manipulado Bettencourt, já de idade avançada, escutas telefónicas daquela época sugerem que o político conversou com Herzog sobre a possibilidade de propor um cargo para Azibert em troca de informações.

Sarkozy assegura que Azibert nunca foi nomeado para o cargo em questão e, por esta razão, não seria culpado. No entanto, os investigadores acreditam que, se o acordo fracassou foi porque o ex-presidente e o seu advogado perceberam que os seus telefones estavam a ser alvo de escutas.

Este caso soma-se aos problemas judiciais de Sarkozy, que em 2016 fracassou na sua tentativa de regressar à política, tendo perdido as primárias do partido conservador.

Na semana passada, o ex-presidente foi intimado a depor por ter recebido um milhão de euros do regime líbio de Muammar Khaddafi para financiar a sua campanha presidencial de 2007.