Numa nota informativa divulgada ao final da tarde deste domingo, a transportadora aérea regional adianta que "todos os passageiros que viram os seus voos afetados hoje já se encontram reacomodados em voos dos próximos dias e que, até à reposição das suas ligações, será prestada assistência em terra, o que compreende alojamento, refeições e transporte terrestre, sempre que necessário".
Apesar da greve decretada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (que vai no seu segundo dia), a SATA conseguiu transportar, até às 16 horas locais (mais uma hora em Lisboa), 747 passageiros nos voos inter-ilhas.
"Até ao final da operação aérea prevista para o dia de hoje, deverão ainda realizar-se mais seis voos abrangidos pelos serviços mínimos obrigatórios, que permitirão o transporte de, aproximadamente, 450 passageiros", adianta a mesma nota.
Apesar dos voos de serviço mínimo obrigatórios previstos para hoje, a SATA não conseguiu efetuar três voos devido às condições meteorológicas adversas, entre eles, um voo Horta/Flores /Horta e um voo Terceira/Pico, (que acabou por divergir para a Horta), tendo os passageiros sido encaminhados, via marítima, para o Pico.
Na nota, a transportadora aérea regional lamenta o transtorno que a greve tem causado e afirma que continuará a desenvolver "todos os esforços no sentido de minorar os inconvenientes que esta situação tem causado" aos passageiros.
Já no sábado, no primeiro dia de greve dos técnicos de manutenção das aeronaves, que exigem "valorização profissional" das suas carreiras, a SATA tinha cancelado 15 ligações aéreas, afetando cerca de 160 passageiros.
"É uma carreira que está muito valorizada no mercado e que a empresa não quer reconhecer. E também há uma necessidade de fixar na SATA estes trabalhadores, que têm uma certificação difícil de obter e que a empresa está a deixar sair todos os anos, porque não paga de acordo com o que o mercado está a indicar que deve pagar", explicou à Lusa Filipe Rocha, dirigente sindical.
Os técnicos de manutenção de aeronaves da SATA Air Açores já se encontravam em greve à realização do trabalho noturno a efetuar das 24:00 às 08:00, bem como à prestação de trabalho extraordinário, desde 28 de outubro.
Para a companhia aérea, as reivindicações apresentadas "continuam a ser consideradas incomportáveis pelo conselho de administração", tendo em conta o "difícil contexto que atravessam as empresas que constituem o grupo empresarial".
O grupo SATA fechou 2018 com um prejuízo de 53,3 milhões e o relatório de contas do primeiro semestre de 2019, dá conta de prejuízos de 26,9 milhões de euros na Azores Airlines e de 6,6 milhões na SATA Air Açores nos primeiros seis meses do ano.
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