“As coisas estão num bom caminho, a maior parte do percurso está realmente feito. Continuamos a debater o que sempre quisemos do acordo da empresa e dos clausulados, bem como dos problemas que nos trouxeram até aqui”, declarou aos jornalistas a presidente do SNPVAC.

Luciana Passo, que falava no final do encontro realizado em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, considerou que o documento hoje apreciado “satisfaz na globalidade, mas não na totalidade”, tendo havido outros “assuntos acessórios que precisavam de ser bem escalpelizados”.

O conselho de administração da SATA solicitou um prazo até hoje para que fosse possível apresentar uma proposta de acordo de empresa, para as cláusulas que “ainda faltam negociar”, tendo como meta solucionar “todos os assuntos que estão a ser formalmente negociados desde agosto de 2016″.

O presidente do conselho de administração da SATA considerou, por seu turno, a reunião “muito produtiva”, acrescentando que foram dados passos “muito importantes do ponto de vista da empresa e do sindicato”.

“Vamos continuar a trabalhar, a fazer esforços no sentido de chegarmos a um bom entendimento”, declarou Paulo Menezes, que salvaguardou ter um “bom relacionamento” com o SNPVAC.

Este encontro teve lugar após uma reunião entre as duas partes, a 02 de maio, na sequência da greve dos tripulantes de cabine da Azores Airlines e da SATA Air Açores, que decorreu durante dois dias no início do mês, estando agendada nova paralisação para 01 e 02 de junho.

A greve dos tripulantes de cabine a 01 e 02 de maio deixou em terra mais de 1.300 passageiros, tendo o sindicato afirmado que se registou na paralisação uma adesão de 100%, número diferente do grupo SATA (66,9%).

Nenhuma das partes assumiu no final da reunião de hoje que o cenário de greve em junho está ultrapassado.