“O ciclo do fogo é também uma economia circular, com consequências negativas”, por isso, “é importante assumir os erros e olhar para o presente e para aquilo que é urgente, como resolver o nosso problema de gestão de recursos naturais”, referiu hoje, em Lisboa, durante a 5ª edição do Fórum de Sustentabilidade ‘Economia Circular.

Miguel Freitas referiu ainda que é necessário pensar na floresta “de uma forma integral” e acrescentou que o Governo está a concluir os planos florestais de ordenamento do território.

“Não temos uma floresta organizada e todos temos responsabilidade”, por isso, “estamos a concluir os planos florestais de ordenamento do território e, no dia 15, os primeiros dois [planos] vão para discussão pública”, vincou.

Questionado sobre a importância da aplicabilidade do conceito debatido para a economia portuguesa e para a floresta, Miguel Freitas referiu que Portugal tem uma floresta multifuncional capaz de gerar produto para várias indústrias e, por isso, o Governo está a trabalhar para lançar centrais de biomassa.

“Temos uma floresta multifuncional e capaz de gerar produto para várias indústrias, estamos por isso a trabalhar para lançar as centrais de biomassa, que são uma parte da economia circular que pretendemos para o país", disse à Lusa.

O secretário de Estado das florestas acrescentou ainda que as bio-refinarias são também um exemplo de economia circular, referindo que “em breve, haverá legislação, em Portugal, para isso”.

Já o presidente executivo da Navigator, Diogo da Silveira, desafiou a plateia a refletir sobre a economia circular e a apresentar ideias que a empresa possa incorporar.

“Vou desafiar-vos a pensarem nesta mensagem e a voltarem a nós com as vossas ideias, posso assegurar que ficaríamos muito agradados em desenvolver a economia circular em todas as atividades e seria bom incluir as vossas ideias e sugestões”, referiu.

A 5.ª edição do Fórum de Sustentabilidade ‘Economia Circular', que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, teve como objetivo a promoção da interação, ao longo da cadeia de valor da floresta e o trabalho com outros setores, para garantir benefícios sociais, ambientais e económicos, com base no modelo de desenvolvimento de negócios da Navigator.