Os professores, que se concentraram junto à escola básica e integrada Gaspar Frutuoso, exibiam cartazes onde se lia “reclamamos os nossos direitos” ou “dignidade na carreira”.
Uma professora entregou a Marcelo Rebelo de Sousa fotocópia de uma petição que a semana passada chegou ao parlamento dos Açores, documento que exige a regularização da carreira dos professores no arquipélago, que terá sido penalizada pelas últimas alterações ao estatuto da carreira docente.
“Venho entregar-lhe, como prometido, a petição”, disse a docente, tendo o Presidente da República, que estava acompanhado do chefe do executivo açoriano, Vasco Cordeiro, e ainda do secretário regional da Educação e Cultura, Avelino Meneses, garantido que a ia “ver atentamente”.
Marcelo Rebelo de Sousa acabou, como sucedeu em Santa Maria, a cumprimentar todas as pessoas que o esperavam na concentração.
Na quarta-feira, cerca de 50 professores manifestaram-se a exigir a regularização da carreira docente à chegada do Presidente da República ao Centro de Formação Aeronáutica dos Açores, na ilha de Santa Maria.
Então, o chefe de Estado ouviu da parte de um dos manifestantes, António Anacleto, as razões do protesto, prometendo ver o que se trata, mas salientando que esta é uma matéria da competência dos órgãos próprios da Região Autónoma dos Açores.
No mesmo dia, em declarações à agência Lusa, o secretário regional da Educação e Cultura garantiu que o Governo dos Açores iria analisar a suposta ilegalidade na carreira docente.
“Se estes professores ou outros quaisquer demonstrarem que foram ou que são vítimas de uma ilegalidade, nós reporemos a legalidade. Se em vez disso, estiver fundamentalmente em causa a reparação de uma pretensa injustiça, nós teremos de ser mais cautelosos, analisando necessariamente os factos com muita atenção”, afirmou Avelino Meneses.
Na sexta-feira passada, deu entrada na Assembleia Legislativa Regional uma petição, subscrita por quase quatro mil pessoas, a exigir a regularização da carreira dos professores nos Açores, que terá sido penalizada pelas últimas alterações ao estatuto da carreira docente.
O documento foi entregue à presidente do parlamento açoriano, Ana Luís, por António Anacleto, primeiro subscritor da petição, que pretende “recuperar” três anos da carreira docente, que foram alegadamente esquecidos na última alteração legislativa, prejudicando mais de 3.700 professores da região.
O Presidente da República prossegue hoje a deslocação à ilha de São Miguel, tendo começado o dia por uma visita à fábrica da Unileite, no concelho de Ponta Delgada, onde brindou com leite, “a todos os que fizeram esta casa, fazem esta casa, todos os que trabalham, todos os produtores e órgãos diretivos”.
Os Açores, com 2,5% do território nacional, são responsáveis por mais de 30% do leite e 50% o queijo produzido em Portugal.
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