Amadou Ba, antigo ministro das Finanças, foi nomeado por decreto presidencial num país muito dividido politicamente, cinco dias após uma reabertura parlamentar marcada por um conjunto de incidentes.
Perante o aumento dos preços, o novo chefe de Governo, antigo ministro das Finanças entre 2013 a 2019, e dos Negócios Estrangeiros entre 2019 e 2020, terá a tarefa de conduzir “amplas consultas” e tomar “novas medidas” a nível social, disse Macky Sall na noite de sexta-feira, num discurso à nação transmitido na televisão nacional.
“As medidas para reduzir o custo de vida e apoiar o emprego e o empreendedorismo dos jovens, a luta contra as inundações e as rendas elevadas continuarão a ser para mim a prioridade das prioridades”, disse o chefe de Estado senegalês.
Estas prioridades foram hoje recordadas pelo novo primeiro-ministro no seu primeiro discurso, após a leitura do decreto de nomeação pelo secretário-geral da Presidência.
A abolição do cargo de primeiro-ministro em maio de 2019 deveria tornar o funcionamento do Estado mais fluido, e tinha estabelecido um novo equilíbrio de poder ao reforçar o caráter presidencial do regime senegalês.
Na ocasião, a oposição e parte da sociedade civil consideraram a abolição deste cargo como uma tentativa do Presidente Sall para tomar o poder.
Quase três anos e meio depois, o chefe de Estado continua a ser criticado pela oposição pela sua conduta solitária de poder.
Macky Sall, eleito em 2012 por sete anos e reeleito em 2019 por cinco anos, mantém ainda por esclarecer quais as suas intenções para 2024.
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