“Os países africanos estão simplesmente a ser pressionados descaradamente, exigem-lhes todos os dias que cancelem a sua viagem à cimeira ou baixem o seu nível de participação; estas são as maneiras dos nossos colegas ocidentais”, disse Serguei Lavrov durante uma conferência de imprensa, citado pela agência espanhola de notícias, a EFE.
O chefe da diplomacia russa pediu aos seus colegas ocidentais que tratem os países africanos “como adultos”, capazes de tomar as suas próprias decisões e de determinar as suas relações com a Rússia.
“Estive muitas vezes em África nos últimos dois anos, os meus colegas disseram-me que a pressão que tinham de suportar era absolutamente arrogante, desavergonhada e sem subterfúgios”, afirmou.
Os preparativos para a cimeira de 28 de 28 de julho, em São Petersburgo, estão na reta final e espera-se a participação ao mais alto nível de meia centena de nações africanas, diz a EFE.
A cimeira, apontou o diplomata, será “uma grande declaração” que vai delinear a evolução da cooperação entre a Rússia e os países do continente africano “durante anos”.
Haverá também, à margem do encontro, um fórum económico e mediático.
A primeira cimeira entre a Rússia e a África celebrou-se em outubro de 2019 na cidade balnear de Sochi com o lema ‘Pela paz, segurança e desenvolvimento’, o mesmo tema deste ano.
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