Numa nota divulgada no seu ‘site’, a transportadora – que explora esta linha ferroviária, com passagem pela Ponte 25 de Abril, mediante o pagamento de uma taxa de utilização à IP — disponibiliza os horários previstos para o dia da paralisação, no âmbito da qual “foi decretada a realização de serviços mínimos”.

A Fertagus sublinha que o cumprimento destes horários está dependente dos efeitos da greve e aconselha aos utentes utilizar um transporte alternativo sempre que possível.

A transportadora serve atualmente 14 estações, numa extensão com cerca de 54 quilómetros, e o seu serviço é responsável por perto de 85 mil deslocações diárias.

A greve na IP decorre entre as 00:00 e as 24:00 de quarta-feira, pelo que, como refere hoje a gestora da infraestrutura da rede ferroviária nacional numa informação divulgada no seu ‘site’, “poderão verificar-se, ao longo do dia, perturbações na circulação ferroviária”.

De acordo com o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário, afeto à Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações, a greve deve-se à “falta de respostas da administração/Governo, que não têm em conta a realidade de uma brutal desvalorização dos salários”.

Neste contexto, os trabalhadores reivindicam uma atualização salarial em 10%, no mínimo de 100 euros.

Entretanto, a CP — Comboios de Portugal informou que na quarta-feira, também devido a uma greve na empresa para reivindicar um prémio financeiro que mitigue os efeitos da inflação, estão previstas fortes perturbações na circulação de comboios a nível nacional.

De acordo com uma ata disponível no ‘site’ da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), os sindicatos e a CP chegaram a acordo para o cumprimento de serviços mínimos de 25%.