Em comunicado, enviado pelo reitor da UL, Luís Ferreira, a universidade assegura que a polícia, "sem a utilização de violência, isolou o espaço, procedeu à identificação dos invasores e garantiu que os mesmos abandonassem o átrio da reitoria".

Segundo a UL, os sete manifestantes integravam um grupo de cerca de 20 "ativistas climáticos" que hoje à tarde "forçou a entrada na reitoria" e se recusou ao diálogo após ter sido recebido por "um membro da equipa reitoral".

A UL acrescenta que, "após terem grafitado a fachada principal do edifício da reitoria", os ativistas "invadiram os espaços onde está patente uma exposição alusiva à universidade, tendo grafitado alguns painéis da exposição".

A universidade considera "que não é com violência, vandalismo e destruição de propriedade, incluindo património público classificado, que esta luta [a da defesa do clima] poderá ter sucesso".

A UL argumenta, ainda, que "têm também existido múltiplas tentativas, infrutíferas, de diálogo com diferentes grupos de ativistas climáticos com vista à participação da universidade na discussão desta problemática".

Em comunicado, o movimento Greve Climática Estudantil de Lisboa refere que "várias dezenas de estudantes" se manifestaram hoje à tarde em frente à reitoria da UL em protesto contra os combustíveis fósseis, "invadiram o edifício e pintaram a fachada", tendo um dos vice-reitores falado com os estudantes "no exterior".

Esta semana, protestos pelo clima em duas faculdades de Lisboa levaram à detenção de nove estudantes, tendo o PCP e o Livre questionado, por escrito, o Governo sobre as intervenções policiais.

Na madrugada de segunda-feira, seis estudantes foram detidos por se recusarem a sair da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, que tinham ocupado em defesa do clima.

Os estudantes acusaram a polícia do uso de violência e insultos, acusações que a PSP não comentou.

Na quarta-feira, três estudantes da Faculdade de Psicologia da UL foram detidas pela PSP na instituição.

De acordo com o movimento Greve Climática Estudantil de Lisboa, as jovens estavam a dar uma palestra sobre ação climática à qual assistiam várias dezenas de estudantes da faculdade. Duas das jovens foram detidas por estarem a dar a palestra e uma foi detida por estar a assistir.

A Faculdade de Psicologia esclareceu que chamou a polícia por se terem esgotado as "soluções internas", nomeadamente para desimpedir o acesso às aulas, adiantando que "não estava prevista ou agendada qualquer palestra para aquele espaço ou qualquer outro".