"Todos os anos isto é uma luta", desabafou hoje, em declarações à agência Lusa, o diretor do Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém, Manuel Mourão, depois de indicar que "as escolas rurais não estão a funcionar" por falta de auxiliares de educação.
Adiado para data incerta, segundo o mesmo responsável, está o início das aulas nas escolas do primeiro ciclo do ensino básico das localidades de Arealão, Abela, São Bartolomeu da Serra, Cruz de João Mendes, Santa Cruz, Relvas Verdes e Aldeia dos Chãos.
Para cada uma das escolas, está prevista a contratação de uma auxiliar a meio tempo para cumprir quatro horas diárias.
"Não recebemos ainda a autorização para contratar", explicou Manuel Mourão, que aguarda resposta do Ministério da Educação.
Na sede do agrupamento de escolas, que recebe alunos do 1.º ao 12.º ano de escolaridade, na cidade de Santiago do Cacém, o ano letivo começou esta semana, como previsto.
"Os funcionários são poucos, se eu os mandasse [para as escolas rurais], quem é que me fazia o serviço aqui", questionou.
Sem prever a data em que os estabelecimentos de ensino poderão abrir, o diretor do Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém assegurou já ter adiantado o processo de recrutamento de auxiliares, aguardando apenas a autorização da tutela para efetuar os contratos de trabalho.
A Lusa contactou hoje os serviços da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares no Alentejo, que remeteram para o Ministério da Educação, do qual não obteve resposta até meio da tarde de hoje.
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