Em comunicado, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras adianta que, no âmbito de “uma operação de grande envergadura”, realizou na terça-feira 17 mandados de detenção e busca, nomeadamente a dois escritórios de advogados e a uma conservatória do registo civil.
Fonte do SEF disse à agência Lusa que as buscas realizaram-se numa conservatória do registo civil de Coimbra e em dois escritórios de advogados de Braga.
Segundo aquele serviço de segurança, esta operação visou uma associação criminosa, composta maioritariamente por cidadãos oriundos da América do Sul, que de forma organizada se dedicava à prática dos crimes de auxílio à imigração ilegal e falsificação ou contrafação de documentos.
A fonte precisou à Lusa que os detidos são brasileiros e a falsificação de documentos tinha como objetivo a obtenção da nacionalidade portuguesa.
O comunicado sublinha que a investigação do SEF teve início em 2016, sob a coordenação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), e permitiu, ao longo do seu decurso, reunir “indícios do envolvimento dos detidos com outros suspeitos, que foram agora constituídos arguidos, num esquema que permitiria a obtenção da nacionalidade portuguesa de forma fraudulenta, a troco de elevadas quantias monetárias”.
Aquele serviço de segurança indica também que a operação policial, que contou com o envolvimento de um elevado número de inspetores do SEF, terminou com a apreensão de vários elementos de relevância probatória relacionados com os factos em investigação, dos quais se destacam passaportes e outra documentação.
O SEF apreendeu ainda uma viatura, material tecnológico e dinheiro.
Os sete detidos, cinco homens e duas mulheres com idades os 23 e os 48 anos, estão hoje a ser ouvidos por um juiz de instrução em Lisboa.
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