Em janeiro, a administração norte-americana comunicou que ia cortar mais de metade da contribuição que devia entregar nesse mês à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina, ou seja 65 milhões de dólares (53 milhões de euros) dos 125 milhões (102 milhões) previstos.
A AIDA, que coordena mais de 70 organizações não-governamentais que trabalham nos territórios palestinianos, considera que a diminuição dos fundos para a UNRWA representará um choque “particularmente grave” para a faixa de Gaza, “onde mais de 70% da população de quase dois milhões são refugiados”, dos quais “80% depende de ajuda estrangeira” para as suas necessidades básicas.
“O corte de fundos norte-americanos, além dos 10 anos de bloqueio israelita, levarão a uma maior insegurança alimentar, dependência da ajuda externa, pobreza, isolamento, desemprego e desesperança”, adiantou.
A AIDA apelou a Israel, Estados Unidos e outros Estados “para que garantam a prestação continua e ordenada de assistência humanitária e o desenvolvimento dos palestinianos vulneráveis que vivem sob ocupação militar, para evitar uma crise humanitária”.
Instou ainda os Estados Unidos e a comunidade internacional a pressionarem Israel para levantar “o bloqueio ilegal a Gaza”.
O enviado especial da ONU para o Médio Oriente, Nickolay Mladenov, advertiu no final de janeiro que a faixa de Gaza está à beira do “colapso total”.
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