A água proveniente de um grande depósito de uma mina vizinha - com cerca de 300.000 metros cúbicos de água - invadiu a mina Mir. O acidente na mina foi provocado por um problema numa estação de bombagem.
Dentro da mina havia 142 trabalhadores e, desses, 134 já foram retirados, numa operação de resgate que levou várias horas.
Uma equipa especializada começou, no domingo, a explorar as galerias da mina e, ao meio-dia desta segunda-feira (hora local), havia "avançado várias centenas de metros de túneis congestionados" e "espera-se que agora realize uma tentativa de fazer contacto com as pessoas presas por meio de um tubo de drenagem", informou em comunicado a Alrosa.
A tarefa do resgate é complicada pela lama que obstrui alguns túneis, e que deve ser retirada para dar continuidade às buscas.
No depósito que causou o acidente ainda restam 27.600 metros cúbicos de água, que podem vazar a qualquer momento.
Duas bombas com capacidade de 1.250 metros cúbicos por hora foram instaladas hoje para evitar que as galerias sejam novamente inundadas.
A mina subterrânea Mir situa-se num campo explorado desde 1958 na República de Sakha, nome oficial da imensa região de Iakutia, no extremo oriente russo, a mais de 4.000 quilómetros a leste de Moscovo.
Foi uma grande pedreira a céu aberto até 2001 e a sua exploração foi retomada em 2009 sob a forma de uma mina, que hoje produz um milhão de toneladas de minérios por ano, cerca de 10% da produção da Alrosa.
A gigante controlada pelo Governo russo, cuja receita anual ultrapassou quatro mil milhões de euros no ano passado, disse que iria rever os seus planos de produção a 19 de agosto.
(Notícia atualizada às 12h55)
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