Em comunicado, o sindicato explica que, nos últimos anos, fez várias ações junto da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e de responsáveis políticos para que os trabalhadores vejam reconhecidos os quatro anos de carreira, mas sem sucesso, pelo que decidiu levar ao tribunal europeu “esta grosseira imoralidade”, acreditando que “ainda poderá ser revertida”.

“Como sempre afirmámos, não iremos desistir desta mais que justa reivindicação, dado que os trabalhadores da CGD foram duplamente discriminados: por um lado, ao contrário dos trabalhadores do setor público que viram, e bem, parte do seu tempo de serviço contabilizado; por outro, encontram-se num setor (bancário) que funciona em livre concorrência, sendo que a restante banca não foi sujeita a estes condicionamentos durante o período em causa (2013-2016)”, refere o STEC em comunicado.

O STEC diz que sempre mostrou abertura para negociar a contabilização dos anos em falta, mas sem qualquer sucesso junto da administração do banco público.

Levou também o tema a audiências com Governo, parlamento e Presidente da República.

Em julho do ano passado, em audição na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, o presidente do STEC, Pedro Messias, explicou que, entre 2013 e 2016, os bancários da CGD tiveram cortes salariais e congelamento das carreiras semelhantes aos funcionários públicos e trabalhadores do setor empresarial do Estado.

Posteriormente, o Governo decidiu no orçamento de 2018 que para a generalidade dos trabalhadores da função pública fosse feita a contabilização do tempo anterior a 2018 (com efeitos financeiros para o futuro), mas isso não abrangeu os trabalhadores da CGD, que se dizem “discriminados”.

Em outubro passado, depois de uma petição de mais de 2.500 assinaturas, o BE apresentou um projeto de resolução para contabilização dos anos de 2013 a 2016 para efeitos de progressão na carreira dos trabalhadores da CGD, mas o Partido Socialista votou contra.

No Orçamento do Estado, o PCP também fez propostas de contabilização destes anos de carreira, mas foram chumbadas, disse à Lusa o STEC.