Em causa está o diferendo que opõe o SNCGP e o diretor-geral relativamente à aplicação do novo horário da guarda prisional.

A vigília ocorre depois de no sábado terem acontecido distúrbios no Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL) em resultado do encurtamento do período das visitas, motivado pela recusa de guardas prisionais em prolongar o seu horário de trabalho.

Segundo fonte ligada ao EPL, os reclusos partiram caixotes do lixo, deitaram a comida para o chão, vandalizaram o refeitório à hora de jantar, tendo sido necessário chamar à cadeia o grupo de intervenção policial dos serviços prisionais.

Alguns reclusos chegaram a incendiar caixotes do lixo, adiantou a fonte.

Na altura, em declarações à agência Lusa, o diretor geral dos Serviços Prisionais afirmou que o abandono do posto por vários guardas do EPL provocou "alguma gritaria" entre os reclusos, “mas não passou disso”, referindo que o grupo de intervenção policial dos serviços prisionais foi chamado à prisão, como "faz parte dos procedimentos, mas nem sequer atuou".

Celso Manata disse que "houve um conjunto de guardas que às quatro horas da tarde abandonaram o serviço ilegalmente", o que provocou "dificuldade em manter os horários normais" nas visitas, refeições e medicação.

O presidente do Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional refutou as declarações de Celso Manata, sublinhando que os guardas prisionais “não abandonaram” o serviço, uma vez que o seu horário terminava às 16:00.

“Com o novo horário imposto, o diretor-geral quer obrigar os guardas prisionais a trabalhar mais duas horas”, disse Júlio Rebelo.

Celso Manata indicou que o novo horário por turnos de oito horas, que começou em janeiro deste ano em seis estabelecimentos prisionais "tem estado a funcionar bem em todo lado, menos em Lisboa", devendo os guardas que saem às 16:00 sair às 19:00.

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