Para denunciar a falta de um subsídio de risco e um salário base “muito baixo” na PSP, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) vai colocar, na terça-feira, dois cartazes junto à Assembleia da República e à Praça do Município, em Lisboa.
O presidente da ASPP/PSP, Paulo Rodrigues, disse à agência Lusa que esta iniciativa tem como objetivo chamar a atenção para a necessidade de compensar o risco a que os polícias estão sujeitos através da atribuição de um subsídio de risco e aumentar os salários na PSP para que a “carreira se torne atrativa”.
“Numa altura em que se está a preparar o Orçamento do Estado para 2021 e a debater o aumento do salário mínimo devia também haver uma subida do vencimento base dos polícias”, afirmou Paulo Rodrigues, defendendo um salário de 1.250 euros para os polícias em início de carreira.
Segundo o presidente do maior sindicato da polícia, o salário base na PSP é de 791 euros, a que se soma “mais uns trocos” dos suplementos, e atualmente um polícia está cerca de 15 anos para evoluir na carreira.
O presidente da ASPP frisou também que há mais de 10 anos que o salário base na PSP não é atualizado, considerando que “as exigências são cada vez maiores” e o risco da profissão tem de ser compensado.
Paulo Rodrigues sublinhou que o Governo tem de olhar para a profissão de polícia “de forma diferente” e torna-la “mais atrativa”, sendo a única forma o aumento do salário base.
O sindicalista disse ainda que a ausência de uma carreira atrativa “tem reduzido drasticamente os candidatos para a polícia”, como aconteceu no último concurso para novos agentes.
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